sábado, 6 de fevereiro de 2010

"O tempo passa. Mesmo quando tal parece ser impossível. Mesmo quando cada tiquetaque do ponteiro dos segundos dói com o palpitar do sangue sob a ferida. Passa de forma irregular, em estranhos avanços e pausas que se arrastam. Mas, lá passar, passa. Até mim."

"Foi muito estranho, pois sabia que ambos corríamos perigo de vida. Mesmo assim, naquele instante, senti-me bem. Plena. Sentia o coração a bater aceleradamente no peito e o sangue de novo a correr-me nas veias, quente e veloz. Os meus pulmões encheram-se profundamente com o doce aroma que emanava da sua pele. Foi como se nunca tivesse havido qualquer buraco no meu peito. Estava optima - não curada, mas como se nunca tivesse existido qualquer ferida."

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